Como doar
Como ajudar

Opções de doação

MB Way

Pode fazer uma doação através do MB Way utilizando o número 968 551 353.

Transferência Bancária

Pode fazer uma doação monetária por transferência bancária para o IBAN PT50 0033 0000 4534 7808 946 05.

Bens essenciais

As doações de bens como alimentação, camas, trelas, entre outros pode ser entregue pessoalmente ou de outra forma (enviar previamente e-mail para [email protected]).

Como doar
Como ajudar

Opções de doação

MB Way

Pode fazer uma doação através do MB Way utilizando o número 968 551 353.

Transferência Bancária

Pode fazer uma doação monetária por transferência bancária para o IBAN PT50 0033 0000 4534 7808 946 05.

Bens essenciais

As doações de bens como alimentação, camas, trelas, entre outros pode ser entregue pessoalmente ou de outra forma (enviar previamente e-mail para [email protected]).

Contactos

Apartado 50, EC São Pedro do Estoril
2765-501 São Pedro do Estoril

PT50 0033 0000 4534 7808 946 05

MB Way - 968 551 353

Categoria: OPINIÃO

OPINIÃO

As primeiras noites de um cachorrinho na casa nova

Saiba como lidar com o cachorrinho que agora fará parte da sua família.

Adotou um cachorrinho e é a primeira noite na nova casa. Colocou-o na cama dele e ele começou a chorar.

Ouviu, em algum lado, que caso ele chore deve deixá-lo chorar, pois em breve, ele vai parar. No entanto, os estudos mais recentes mostram que se um cachorro chora, devemos ir ter com ele e confortá-lo. Quando um cachorro está com a mãe, a mãe conforta o filhote sempre que ele está angustiado; devemos fazer o mesmo, especialmente quando o cachorrinho acaba de perder tudo o que conhece e você é agora, tudo o que ele tem.

Se o deixar ‘chorar’, o cachorro simplesmente aprenderá que ninguém o vai ajudar se estiver angustiado, e isso vai deixá-lo mais ansioso. No entanto, se formos até ele, fortalecemos o vínculo com ele, e isso, no futuro, leva a um cão equilibrado, na idade adulta. O stress é tão prejudicial para os cães quanto para nós.

Os cães são animais muito sociais e naturalmente gostam de dormir perto da sua família, e dormirão mais profundamente se o puderem fazer perto do(a) tutor(a). Certifique-se que o seu novo amigo tem muitas oportunidades para dormir; ele vai precisar de dormir pelo menos 18 horas por dia, então deixe-o dormir, mas crie rotinas para começar cedo a conhecer as regras. Brinque com ele, interaja com ele, arranje jogo interativos adequados à idade, treine-o nos comandos básicos* (senta, deita, fica, etc).

Se o seu cachorro adormecer durante o dia, deixe-o dormir; não afetará a quantidade de sono que ele irá dormir durante a noite. Saiba que os cachorrinhos tendem a ser mais ativos pela manhã ou ao anoitecer, então esses são os momentos em que deve ocupar oseu cérebro para ajudá-lo a acalmar – e não o incentive a brincar antes de dormir!

*Sugerimos sempre o apoio de um treinador com métodos baseados no reforço positivo.

OPINIÃO

Dicas sobre o que fazer com o seu cão durante o período de isolamento

A UPPA deixa algumas dicas sobre que fazer com o seu cão, durante o período de isolamento, de modo a que tenham ambos distrações e se mantenham ocupados física e mentalmente.
  1. Passe tempo de qualidade com o seu fiel amigo de 4 patas
    Aproveite este período de isolamento para criar laços mais fortes com o seu cão. Pegue nos brinquedos dele e interaja com o seu patudo. Prepare também alguns biscoitos como recompensa.
  2. Crie jogos e atividades de enriquecimento
    Nada melhor do que estimular a mente e os instintos do seu cão com atividades de enriquecimento. Isso irá manter o seu cão mais equilibrado, calmo e feliz.
  3. Pratique com o seu cão, os truques que ele tem aprendido no treino canino
    Alguns dos truques que aprendeu nas aulas com o treinador, podem ser colocados em prática dentro de casa com o seu cão. Isto irá manter o seu cão exercitado mentalmente e vai reforçar o vínculo entre vocês os dois.
  4. Ouça música com o seu cão
    Existem listas no Spotify e no YouTube de músicas para animais. Deite-se, relaxe e disfrute dessas músicas com o seu fiel amigo de 4 patas.
  5. Escove o seu patudo
    Aproveite para com uma escova apropriada, escovar o seu patudo e remover o pelo morto.
  6. Lave e limpe os objectos do seu cão
    Ótimo momento para colocar a lavar a cama e mantas do seu cão e lavar os brinquedos dele.
  7. Faça passeios curtos com o seu cão

    Neste momento em que o estado de emergência foi declarado, as regras são para se cumprirem. Por isso dê passeios mais curtos com o seu patudo, mas vá interagindo com ele.

    Ao regressar a casa, não se esqueça de lhe limpar as patinhas com água e sabão ou toalhetes de cloreixidina. Não utilize álcool nem gel desifectante, pois podem ser prejudiciais para as suas patinhas.

OPINIÃO

Treino de reforço positivo para que o seu cão aprenda de forma satisfatória

Existem várias técnicas de treino de reforço positivo que ajudam o seu cão a ser mais obediente e a aprender de uma forma satisfatória.
Odin e Puma, para adoção responsável na UPPA, com o voluntário João Sousa.

Ensinar o seu cão, pode parecer-lhe uma tarefa impossível, quando não sabe as técnicas corretas, mas o treino de reforço positivo com a ajuda de um treinador, e depois a prática em casa, levará o seu cão a ter uma aprendizagem construída na base da confiança e respeito mútuos, necessários para que não seja colocada em causa a relação entre o cão e o tutor e, para que ele obedeça aos seus comandos.

Deixamos aqui 3 técnicas de treino de reforço positivo

A mais fácil e simples é o “luring”, uma técnica que consiste na utilização de “guloseimas” muito apetecíveis e saborosas como ração, biscoitos, salsichas de aves ou mesmo através de carícias e palavras de afeto de forma a levá-lo a fazer o que pretendemos. Se por exemplo, quer que o seu cão aprenda a sentar, quando o faz, é recompensado com comida por ter obedecido ao comando “senta”. Pode também ser utilizada para convencer o seu cão a segui-lo, para não apanhar algo indesejado do chão ou não se focar noutros cães, colocando o biscoito ou um pouco de salsicha de aves diretamente à frente do nariz do seu cão para que se foque na comida e não na situação “indesejada”.

A segunda técnica de treino de reforço positivo é a brincadeira. Para muitos cães é uma recompensa bastante tentadora. Uma bola, um brinquedo que faça barulho, um disco, o que leve o seu cão a focar toda a sua atenção em si e o leve a seguir as suas ordens. Caso pretenda que se sente, dar a ordem de sentar e só mandar o disco ou a bola, quando obedecer. Os brinquedos ou as brincadeiras são também excelentes para terminar sessões de treino. O seu cão vai associar o treino a algo bom, a algo que lhe dá prazer.

Por fim, o “clicker”, uma ferramenta mais avançada para treino de reforço positivo, onde através de um pequeno instrumento pressionado pelo tutor no momento da ação bem executada pelo seu fiel amigo de 4 patas e pressionado faz um clique e melhora assim a atenção e perceção do seu cão. Quando o treino não está numa fase inicial, o “clicker” é uma excelente ferramenta para capturar certos comportamentos do seu cão.

Com o treino de reforço positivo e ao contrário de outras técnicas, o seu cão entende todo o processo de uma forma mais divertida e aprenderá a comportar-se como quer, de forma mais relaxada e muito satisfatória, sentindo-se útil e feliz por lhe agradar. Para além de ganhar mais auto-confiança e se tornar mais sociável.
Obviamente, este tipo de treino também exige tempo, paciência e repetição no reforço da ordem para o seu cão entender que está a fazer bem e é recompensado por fazer bem.

Sugerimos sempre que, consulte um treinador profissional, uma vez que cada cão pode ter um diferente nível de aprendizagem e, saltar etapas, pode ser prejudicial para o seu fiel amigo de 4 patas. Assim como dar a recompensa tarde de mais ou cedo de mais, pode levar a que o cão não relacione a ordem com o prémio (guloseima, brincadeira, clique). Não inicie nem procure soluções na internet, consulte sempre um treinador.

OPINIÃO

5 regras para manter um cão feliz e equilibrado

5 regras para manter um cão feliz e equilibrado. Evitar problemas e poder ter uma vivência harmoniosa.
  1. Todos os dias o seu cão tem que sair de casa
    Independentemente do espaço disponível, o seu cão tem o direito e é seu dever passeá-lo fora do espaço onde ele habita. Deixá-lo cheirar, correr, descobrir o mundo. Prisão domiciliária gera muitos problemas.
  2. Todos os dias faça o seu cão trabalhar para comer
    Pode atirar grãos de ração um a um pelo chão fazendo com que ele corra, espalhar grãos na relva, dar à mão, por cada senta ou deita, mas uma parte da ração deverá sempre ser dada de forma divertida.
  3. Deixe o seu cão passar tempo junto de si
    Na sala, enquanto trabalha, enquanto vê TV, a brincar com ele com uma corda na cozinha ou na sala, etc… deixe que ele passe umas boas horas perto de si, quanto mais tempo perto de si, mais feliz ele estará.
  4. Todas as semanas leve o seu cão a um local novo
    Um local que ele possa explorar e brincar. É importante mostrarmos o mundo aos nossos cães e não os passearmos sempre nos mesmos locais. Se puder e ele quiser, deixe-o ter contacto com outros cães.
  5. O seu cão não é uma coisa

    É um ser senciente com comportamentos complexos, sente frio, dor, medo, fica doente, mal disposto e deprimido, feliz, sente-se só e sente ansiedade. Lembre-se disso e tente sempre mantê-lo feliz, você pode fazer isso por ele, e é muito mais fácil do que parece.

    Se estas 5 coisas parecem muito, tem pouco tempo, disponibilidade ou não é a altura certa, não tenha um cão. Cães isolados em varandas, renegados a quintais, que são vítimas constantes de palmadas, gritos e punições porque os tutores estão “sem paciência” ou “não sabem o que fazer mais”, são vítimas que não pediram para ir para sua casa. Pense bem, por você e por ele.

    Fonte: It’s All About Dogs

OPINIÃO

Ajude o seu cão a não ter medo de fogo de artifício

Sabia que a audição de cães é bem mais aguçada que a do ser humano? Ou seja, o que para nós pode ser apenas um ruído mais alto, como o fogo de artifício, para os cães pode ser um barulho estrondoso e, por consequência, assustador.

Somos capazes de captar frequências sonoras até 20.000 Hertz, enquanto cães possuem uma capacidade de captar frequências sonoras até 60.000 Hertz.

Nas épocas festivas, como a celebração do fim de ano, um espetáculo de luz, cores e barulhos, enchem o céu. Mas para os nossos fieis amigos de 4 patas, o espetáculo não é tão espetacular assim. E pode tornar-se até um momento de pânico e stress, desencadeando alterações de comportamento, que até podem levar a que se magoem, fujam ou se percam.

Alguns animais demonstram sinais de ansiedade e medo, que os seus donos podem facilmente detetar:

  • Ladrar excessivo
  • Comportamento destrutivo
  • Baba excessiva
  • Olhar evasivo
  • Cauda entre as patas traseiras (cães)
  • orelhas baixas e para trás
  • tremores no corpo
  • procura frenética por esconderijos

Além disto, cães assustados têm tendência a:

  • Seguir as pessoas da casa para todo lado (não querem estar sozinhos)
  • Esconder-se entre as pernas das pessoas
  • Esconder-se por baixo da cama ou em locais onde se sentem mais seguros

Para que o seu animal não se magoe e coloque a saúde em risco, deixamos algumas sugestões/dicas que pode levar em conta para o proteger:

  • Passeie-o enquanto houver luz natural e de preferência deixe-o correr (gastar energias) no dogpark;
  • Não o leve para eventos nos quais haverá confusão, barulhos, fogo de artifício;
  • Evite ao máximo deixar o seu amigo de 4 patas sozinho durante o rebentamento de fogo de artifício. Se tiver que o fazer:
    • mantenha-o dentro de casa ou num lugar onde estará seguro até que os barulhos terminem;
    • prepare o ambiente de maneira a que fique aconchegado, com o máximo de isolamento acústico possível;
    • certifique-se que todas as portas, janelas ou passagens, por onde possa tentar escapar, estão bem fechadas
    • feche estores e cortinas, de modo a não passar os clarões do fogo de artifício;
    • ligue a televisão ou coloque música para disfarçar os ruídos externos;
    • não administre calmantes nem sedativos sem consultar o médico veterinário;
    • jamais prenda o seu amigo de 4 patas com correntes ou coleiras. Ele pode magoar-se, e até mesmo enforcar-se, durante uma tentativa de fuga;
  • Distraia seu cão convidando-o para brincar. Existem jogos interativos bem interessantes;
  • Não o acarinhe constantemente, pois pode levar a que sinta que o medo é justificado e pode até, vir a repetir o comportamento no futuro;
  • Use cheiros e guloseimas como distrações
  • Avalie o seu comportamento e, se perceber que ele sofre de ansiedade excessiva nessas ocasiões, consulte um médico veterinário sobre alternativas de tratamento.

Para minimizar a ansiedade ou medo que o seu cão possa ter, existe uma técnica, conhecida como “Tellington Touch“, desenvolvida por Linda Tellington-Jones, que consiste em enrolar uma faixa de pano no seu amigo de 4 patas, para que a circulação sanguínea do corpo seja estimulada, e assim, crie uma sensação de segurança e o deixe menos agitado. Mas este método não deve ser utilizado por mais de 15-30 minutos e sempre sob supervisão. Basta passar uma faixa de pano macio e firme, à volta do animal de modo a abrigar o peito e dorso, finalizando com um nó na região da coluna. O efeito pode variar de cão para cão, dependendo do nível de fobia que ele possui.

Mas sugerimos que consulte sempre um veterinário, especialista em comportamento animal, ou treinador, de modo a saber o melhor para o seu amigo de 4 patas.

OPINIÃO

Oferecer um animal como presente é oferecer responsabilidade

Todos sabemos que não se deve oferecer um animal como presente. Cães e gatos não são brinquedos, mas seres vivos, sensíveis que necessitam de diversos cuidados de quem os adota, e de quem esperam receber carinho, amor e não serem descartados, quando “perdem a piada”.
 

Um cão ou um gato podem parecer o presente perfeito para oferecer no Natal ou num aniversário, especialmente a uma criança. Mas desengane-se quem assim pensa, pois, presentar alguém com um cão ou um gato implica dar responsabilidade a quem o recebe. Responsabilidade essa que pode durar 10 a 20 anos, o tempo de vida destes seres tão especiais.

Se mesmo assim, continua a querer dar um cão ou um gato de presente, certifique-se a cima de tudo que a pessoa quer mesmo ter um animal e conhece a responsabilidade que esse ato acarreta. Certifique-se também que a pessoa:

  • Dispõe de um local dentro de casa onde o animal possa dormir, brincar, onde se possa sentir seguro.
  • No caso de um gato, que existe um local onde possa fazer as necessidades e que este é limpo com regularidade, já que os gatos são animais extremamente asseados.
  • No caso de um cão, que a pessoa não está fora de cada mais de 8h por dia e que tem tempo e disposição para o levar à rua, quer chova ou faça sol, no mínimo 2 vezes por dia para fazer as suas necessidades.
  • Tem condições financeiras para alimentação e cuidados veterinários de qualidade.
  • Tem tempo para acompanhar o animal em brincadeiras, exercícios, socialização e higiene, além de dar o carinho que necessita.
  • Vai dedicar aproximadamente, 10 a 15 anos do seu tempo a cuidar de um cão ou até 20 anos se adotar um gato.

Se o cão ou gato for para uma criança deve ter em conta que ela pode não ser capaz de assumir todas estas responsabilidades. Cães e gatos são seres vivos sensíveis e não devem ser vistos como brinquedos. O mais óbvio, é os pais acabarem por assumir as responsabilidades. E em muitos casos, isso leva ao abandono ou maus-tratos desses animais por falta de tempo, recursos, conhecimento ou simplesmente por preguiça.

Ao adotar um cão, conheça as nossas dicas para introduzir um cão adotado na nova casa.

Se mesmo assim, o animal for um presente e estiverem reunidas todas as condições mencionadas em cima, sugerimos que o faça depois das festas. No Natal pode oferecer a coleira ou a cama do animal e entregar o patudo após o Natal ou o aniversário. Desta forma e após a correria das festas, a família pode dedicar tempo de qualidade ao novo amigo, o qual irá precisar de tempo e espaço para se ambientar à nova família e ao novo lar. Se o patudo é oferecido durante a época festiva, o animal pode ficar logo em stress e ser uma má experiência para ambas as partes, levando à devolução ou abandono do animal.

Relembramos que os animais não são brinquedos, são seres vivos, sensíveis que não podem ser descartados. Eles necessitam de cuidados e carinho e, em troca, dão-nos os melhores anos das nossas vidas.

A UPPA não dá cães para serem presentes de Natal mas aceita que ofereçam um presente aos seus uppalianos: uma família que os ame neste Natal e nos próximos vinte <3

OPINIÃO

Regra 3-3-3 de um cão adotado

Depois de lhe termos dado algumas dicas em como introduzir um cão adotado na sua vida e na sua casa, queremos agora falar-lhe da regra 3-3-3. Já conhece? Pois bem, existem 3 marcos pelo qual o seu novo cão vai passar após sair do canil ou do albergue e ir para o seu novo lar: 3 dias, 3 semanas e 3 meses.

Lembra-se em criança, quando mudou de escola? Ou quando mudou de trabalho já em adulto. Lembra-se desse sentimento? A sensação de estar num novo lugar, desconhecido, num novo ambiente, com novas pessoas e novas regras.

Regra dos 3 dias, 3 semanas e 3 meses

Nos primeiros 3 dias,

o seu cão não se sente confortável, pois está num espaço desconhecido e com novas pessoas. Não se assuste caso ele não queira comer nos primeiros dias. Há cães que não comem quando estão em stress. Não se assuste se ele passar os primeiros dias na sua caminha ou debaixo da mesa. Lembre-se que ele pode estar assustado e sem perceber o que se passou.

Após 3 semanas,

ele já começa a perceber que o lugar onde está é seguro, que as pessoas que ali estão com ele, só lhe querem bem. Começa a estar confortável, já começa a perceber a rotina que lhe definiu. Como se costuma dizer, baixa a guarda e começa a mostrar a sua verdadeira personalidade. É aqui que os problemas de comportamento podem começar a aparecer, é hora de lhe começar a mostrar quem é o líder forte da matilha. mostrar o que está certo e errado.

Após 3 meses,

o seu cão já está confortável na nova casa. Já há confiança e um vínculo entre cão e dono, o que lhe dá uma completa sensação de segurança. Ele já está capaz de conhecer as rotinas, obedecer às regras impostas. Agora, viva uma vida feliz com o seu novo cão, e nunca se esqueça que ele será o seu melhor amigo para a vida toda!

OPINIÃO

Adotar um cão. O que devo saber?

Acreditamos que esteja em pulgas para trazer o seu novo amigo de 4 patas para casa. Deixamos algumas dicas a ter em conta ao adotar um cão.
Uppaliano Sam, na integração no seu novo lar.

Se é a primeira vez que está a adotar um cão ou há muito que não tinha um cão em casa, sugerimos que faça primeiro uma vistoria à sua residência para ver se é seguro a introdução de um novo amigo no seu lar. Verifique, por exemplo, se não tem fios elétricos no chão, tomadas soltas, objetos espalhados pela casa que pense poderem ser uma atração para o seu cão mastigar. Sugerimos que feche divisões da casa onde pretende que ele não tenha acesso. Pode até adquirir aquelas grades de segurança que se vendem em lojas de bricolage e instalá-las nas portas para barrar o acesso.

No quintal ou no terraço, verifique se a cerca está bem colocada, sem buracos por onde o cão possa cavar e fugir. Se a cerca tem um tamanho que não permita o seu novo patudo saltar. Veja se os portões fecham e trancam corretamente.

Etapas para introduzir um cão adotado em sua casa

Algumas dicas que podem ajudar à integração de um cão adotado, no seu novo lar

  1. Fora de casa
    Quando chegar a casa, certifique-se que trela e coleira estão bem colocados, e leve o seu novo amigo a conhecer o exterior. Leve-o a dar uma volta pelo quarteirão, ou mesmo pelo bairro, deixe-o absorver todos os novos cheiros, deixe-o gastar as energias extras. Deixe-o cruzar-se com outros cães e até mesmo gatos, mas mantendo sempre uma distância de segurança. Ao aproximar-se de outros animais ou pessoas, mantenha-o junto a si, com a trela mais curta.
  2. Dentro de casa

    Ao levar o seu ãomigalhaço para casa, apresente-lhe lentamente o espaço, deixe-o entrar e cheirar. No entanto, tenha já preparado um espaço para ele. De preferência, um local silencioso, nos primeiros tempos. Mostre-lhe esse local, pode até deixar-lhe alguns brinquedos, como bolas por exemplo, ou dar-lhe alguns biscoitos para ele fazer uma associação positiva. Esse espaço vai-lhe dar a oportunidade para descomprimir nos primeiros tempos, antes de perceber que o novo espaço vai ser, afinal, a sua nova casa. Dê-lhe espaço, mas vá vigiando-o.

    Mostre-lhe também o local onde ele pode beber água e comer a sua ração diariamente.

    Como ele vai estar stressado nos primeiros dias, restrinja o acesso a uma ou duas divisões da casa. Dando-lhe uma área segura para descomprimir, acredite que o está a ajudar a se sentir mais confortável.

  3. Descompressão
    Nos primeiros dias, deixe-o descansar, não convide logo visitas para o conhecerem e verem como é fofinho. Isso pode deixá-lo mais stressado. Primeiro ele deve conhecer a casa e os novos donos.
  4. Rotina
    Criar uma rotina também ajuda o seu cão a sentir-se mais confortável. Procure ter sempre o mesmo horário de alimentação, de passeio, de brincadeira, de sono. O horário da alimentação e do passeio são os mais importantes, pois ele vai aprender a hora de ir fazer as necessidades na rua.
  5. Treino
    O treino vale tanto para o cão, como para o dono. Treinar o seu cão é mesmo importante, pois ele irá desenvolver o seu comportamento de forma obediente. É importante ser proactivo nesta área e não esperar que o mau comportamento se instale, para procurar ajuda de um profissional. Não deve ralhar nem gritar, se necessário informe-se com um treinador qual a melhor maneira de evitar comportamentos indesejados.
  6. Crianças e cães

    Como já indicámos, nas primeiras semanas o seu cão vai estar stressado, só pelo facto de ter mudado para um local com o qual ainda não está familiarizado. Se houver uma criança em casa, certifique-se que tanto ela como o cão são supervisionados quando interagirem.

    As crianças querem por norma, agarrar, abraçar e isso pode deixar o seu novo amigo ainda mais stressado, porque ainda não conhece verdadeiramente esse gesto de carinho e pode querer defender-se com as suas mãos, que é a boca. Até o melhor cão pode morder por medo e proteção.

    Estas são apenas algumas dicas. Agora, aproveite os anos que tem pela frente com o seu novo amigo.

OPINIÃO

AnimaLife sobre a UPPA

A União Para a Proteção dos Animais (UPPA) surgiu em 2007, pela mão de um grupo de amigos que já na altura se dedicava a salvar animais de companhia. Uniram esforços e a Associação tem hoje uma casa em Sintra: um novo lar para cerca de 100 cães, sempre acompanhados por duas porcas, duas cabras e duas ovelhas.

Como é a vida destes animais? Feliz, muito feliz, mas nunca comparável à felicidade que alcançam quando têm um dono e uma casa, conta-nos Sandra Vicente. membro da direção da UPPA.

Neste albergue, adotam-se cerca de 100 cães por ano (só na última semana foram adotados dois!), deixando assim espaço livre para recolher outros cães que também precisem de um espaço, tratamento veterinário e carinho.

Na UPPA, os voluntários nunca são demais, desde a contabilidade à comunicação.

Graças ao Banco Solidário Animal, promovido pela Animalife, Sandra garante que, felizmente, nenhum cão passa fome. As recolhas feitas no âmbito desta iniciativa são a principal fonte de alimentação da centena de patudos, garantindo que têm alimentos durante todo o ano. A participação da UPPA no Parque Pedagógico do Pet Festival, dinamizado pela Animalife, é também uma das formas de angariar fundos e promover a adoção de animais.

Na Animalife lutamos para ajudar Associações como a UPPA, para que estas possam ter uma melhor resposta no combate ao abandono animal – e trazer finais felizes a histórias que poderiam ter sido bem diferentes.

Retirado do Facebook da Animalife – A criar histórias felizes

OPINIÃO

O canil e o fado, por António Carreira

Há pouco tempo atrás convidaram-me para ir a uma tasquinha na Graça, numa tarde que se previa de copofonia. Foi com alguma surpresa que assisti nessa mesma tarde à metamorfose da pequena “Tasca do Jaime” numa verdadeira casa de fados, que se foi enchendo de magia e encanto com o passar das horas e das vozes de quem ali quisesse cantar, à boa maneira do fado vadio. Aos poucos rendi-me às vozes e às guitarras, numa doce hipnose acompanhada de vinho tinto e queijo com presunto. Foi assim que tomei consciência de algo que desde há muito sinto mas nunca questionei: o fascínio que tenho pela natureza humana. Não me considero um apreciador incondicional da raça humana, onde encontro mais virtudes e defeitos que em qualquer outra. Somente a raça humana é capaz de produzir obras com a grandiosidade do Taj Mahal, a beleza do Lago dos Cisnes ou a perfeição das Pirâmides e, ao mesmo tempo, envolver-se em carnificinas e genocídios. A lista de atrocidades cometidas pela raça humana não caberia neste espaço, tal como não caberiam todas as suas obras primas. Somos uma raça de extremos, capaz do melhor e do pior. Talvez por isso nunca me tenha permitido ser um admirador incondicional da raça humana.

Não vi obras de arte na Tasca do Jaime. Não vi perfeição. O que vi foi paixão e entrega, sem reservas e sem pedir nada em troca. Vi o ideal humano representado numa tasca da Graça, entre populares, turistas, vinho, cerveja e petiscos. Vi-o nos olhos de quem cantava e nas lágrimas escondidas de quem ouvia emocionado. Sem televisão, sem notícias da crise ou da guerra, sem a pressão do dia-a-dia, sem distracções. Uma assembleia de gente de todas as idades reunida em volta de uma paixão comum. O mundo já foi assim. O mundo podia ser assim.

Somos seres apaixonados. Nascemos carentes de afecto e procuramos por esse afecto durante toda a nossa vida. Apaixonamo-nos pelo que realizamos e é essa paixão que alimenta a nossa evolução como indivíduos. A nossa entrega a nós mesmos e às nossas capacidades é superior a qualquer credo, religião ou poder instituído. Foi essa entrega, essa paixão pelo constante aperfeiçoamento, que nos trouxe as mentes mais brilhantes e as obras mais sublimes. É a falta dessa paixão que nos faz duvidar de nós mesmos e da raça humana. Como indivíduos somos brilhantes, como multidão somos acéfalos. Impelidos na busca da perfeição somos capazes de feitos inéditos, enquanto que como parte de uma população sem rosto e sem escolaridade obrigatória somos apenas mais um número numa triste estatística que de perfeita só tem a sua previsibilidade.

Sou um apreciador incondicional da perfeição humana, sob qualquer das suas formas. Tenho uma admiração profunda por qualquer pedreiro que domine a sua arte e a desempenhe com orgulho, ao passo que abomino qualquer doutor desprovido de carácter e de princípios.

Talvez isto não faça sentido no contexto da UPPA. Talvez devesse ter escrito sobre o meu cão ou sobre as crueldades a que assistimos diariamente contra os animais. Talvez. No entanto parece-me ser pedir demais. Como podemos pedir a alguém que maltrata o seu próprio filho que não o faça ao seu animal de estimação? Como podemos pedir a quem foi maltratado que retribua com amor e carinho? Como podemos pedir paixão onde houve abandono, miséria e pobreza de espírito? Somos uma raça em conflito interno, devíamos ser colocados em quarentena antes de nos ser permitido interagir com as outras espécies.

O que me fez aproximar da UPPA não foi uma causa nobre nem o profundo carinho que tenho por todos os animais. Ironicamente, o que me fez aproximar foram as pessoas e a sua paixão. Foi o brilho nos olhos de quem me falava dos animais que recolhia e das adversidades com que lutava. Foi o conhecer quem não baixe os braços e quem tem a coragem de tentar o impossível. Não deixa de ser estranho, tomar consciência da verdadeira grandeza da natureza humana num canil, a tratar de animais abandonados. Talvez seja tão estranho como fazê-lo na Tasca do Jaime, ao som do fado vadio.

António Carreira, fotógrafo e sócio nº 83 da UPPA